12.12.2010

Hoje, quero ser ...


Já me senti leve. Com capacidade de voar, de me deixar levar. Já me senti a flutuar pelo vento, com vontade de começar de novo.
Mesmo sabendo e tendo certeza que me entendias, eu deixei as paredes caírem. [Desde aí] Comecei a sentir-me frágil, semelhante a um castelo de cartas que com apenas um sopro desaba. Senti-me refugiada, onde gritava e o som não se propagava, onde gritava ainda mais alto e ninguém me ouvia.
Esta noite, quero percorrer todo o caminho, sem sentimentos malignos, sem remorsos, sem rancor dentro de mim, dentro do meu corpo. Quero correr pela praia e sentir o cabelo ao vento. Quero sentir-me num sonho de adolescente, ou até mesmo num sonho de uma criança sem medos, cheia de ambição e vontade de viver.
Não quero olhar para trás, não quero nunca mais olhar para trás.
Quero acender a luz e deixa-la brilhar. Quero sentir-me independente.
Eu quero ser quente e depois fria. Quero ser o sim e depois o não. Quero estar dentro e depois fora. Quero ser o dia e [ao mesmo tempo] a noite. Quero estar por cima e depois por baixo. Quero estar errada, quando estou certa. Quero sair, quando tiver de ficar.
Não consigo dormir. Quero correr. Esta noite, quero ser um sonho de adolescente.  

2 comentários:

Diogo Passos disse...

Escreves tão bem amor *.*

Ana Mourão disse...

Obrigado melhor do mundo *