Amo-te de uma forma leve e espontânea

Durante anos atravessei a vida sem sentido, sem razão. Mas para além disso todos os passos que dei, foram todos na tua direcção, só e apenas na tua direcção.

Quando vi que estava apaixonada?

Quando senti e tive certezas que tu eras único e insubstituível. Quando senti saudades tuas. Sim, até porque amar é querer estar perto se estamos longe, mas para além disso, querer estar mais perto quando se está perto.

Sabes tão ou melhor que eu, que para sermos felizes não precisamos de sair do sítio onde nos encontramos, temos de ser (simplesmente) o sítio onde nos encontramos. Não precisamos de ser independentes, de sair, de ignorar, de ter medo de sentir, até porque a independência é uma leve expressão que tem como sinónimo a pior das atitudes – fugir.

Não existe nada mais banal, nada mais humano do que dizer “Eu sei ser feliz!”. Saber ser feliz exige muito de nós, mas por outro lado, exige tão pouco. Basta nos termos um ao outro. Basta ficarmos horas abraçados a conversar. Basta não memorizarmos coisas só por elas serem bonitas ou outro tipo de coisas fúteis, que nos sirvam de ponto de partida para recordarmos os momentos passados. Basta guardarmos cada memória, cada lugar teu e cada lugar meu, cada lugar nosso e cada sorriso comum aos dois. Sabes bem que, para sabermos ser felizes, temos de nos deliciar com lembranças e desprezar todas as tristezas, todas as más energias, tudo aquilo que nos quer mal.

Acredita em mim e ganha certezas de que existem vários modos de amar, mas o modo é o menos importante. O mais importante é amar-te.

« Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, para além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo? »