2.15.2011

Sandra Pinto M.


Tenho todas as minhas ideias espalhadas pelo chão, todas as memórias mergulhadas na saudade que sinto. Já não me encontro em mim, há algumas horas. Perdi-me uma vez mais. Já me questionei sobre o mesmo de mil e uma formas distintas, para ver se nalguma delas arranjava uma resposta mais ou menos convincente. Nada! Foi isso que eu encontrei, um nada e uma vida (sim, porque a amizades como esta não é justo chamar banalmente «Amizade») presa por um fio, um fio já, por si só, frágil. São agora vinte e uma e trinta, exactamente trinta minutos depois das vinte e uma.
Sinto-me desorientada, estou completamente só e preciso de ti aqui. Jurei que nunca mais iria chorar, mas não consigo, não sou capaz de ultrapassar e pisar mais de uma dezena de anos que fiz questão de partilhar com alguém para não caminhar sozinha. Não consigo passar por cima de quem eu própria entreguei a minha vida. Não consigo e isso, eu não sei mudar. Já nem sei bem como sobreviver. Já só sei que te queria aqui, só mais um dia, só mais uma vez ou só mais catorze anos.
Se algum dia me perdoares, volta porque vou morrer a esperar por ti.
Amo-te meu amor!


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