1.27.2011

Fazes-me perder o Norte e a Razão



Nunca senti saudades tuas. Senti algo leve e bom de se sentir. Qualquer coisa como uma espécie de saudade nem viva nem morta, mas que me acompanhava para onde quer que eu fosse.
De dia corria e vivia contigo dentro do meu coração mas era à noite que sonhava contigo e com aquilo que podíamos ter vivido e deixamos morrer.
As respostas sempre foram mil, mas as perguntas foram sempre mil e uma. E… e quem nunca questionou a sua existência? O facto de sorrir? O facto de ainda viver? O facto de existir a morte? Quem nunca chorou? Quem nunca se questionou (baixinho) do porquê de tudo ter terminado? De tudo ter ido embora? (…)
E porque é que tu vens quando estou bem sozinha? Porque é que voltas e porque é que partes novamente? Porque é que deixas sempre uma porta aberta?
Esta vida não é para mim, não é para ninguém, aliás.
As minhas lágrimas já escassearam ou levaste-as (também) contigo da última vez que te foste embora, ainda antes de eu acordar. O meu sorriso não o levaste, nem o levarás. Leva tudo de mim, pouco te falta levar (também). Até porque…
O meu coração? Roubaste-o. A minha alma? Mataste-a. As minhas lágrimas? Levaste-as. A minha vontade? Tiraste-a. O meu sorriso? Ficou. O melhor de mim? Cá permanece e esse não mo levas, porque não tens carisma para coisa tão delicada. As nossas fotos? Amachuquei-as e deitei-as ao lixo. Os teus textos? Rasguei-os e queimei-os pedacinho por pedacinho. E eu? Eu tenho o coração num “farrapo”, dividido em mil e uma partes, constituído por fragmentos. Mas isso não me mata, bem pelo contrário, torna-me mais forte.
 Lembra-te que o presente não apaga o passado e o futuro não me impede de viver o “agora”. Faz-me um último “favor”! Se voltares…
Não me tragas o céu e as estrelas, o calor e o mar para me consolar. Faz-me sonhar e faz-me morrer. Mas deixa-me sempre, mais uma vez, lamber as lágrimas, sarar as feridas e amanhecer.

2 comentários:

André disse...

Admiro a forma como escreves e o sentimento que transmites sobre cada palavra :)

Diogo Passos disse...

Escreves tão bem amor *.*