1.30.2011

Do meu coração não sairás nunca mais


O meu relógio marca 0:31h. Vim da rua e lá fora faz frio, muito frio.
Dei por mim sem sono, deitada sobre aquela saudade que sinto de “nós”, a pensar no que devia e no que não devia.
Enfraqueço sempre que me pronunciam o teu nome ou pelo simples facto de me dares um sinal de vida. Tremo, não sei bem porquê, mas o nervoso instala-se em mim e fico sem controlo possível. Fico imune a todas as palavras de conforto que me possam ser dadas e volto a ser dominada pela angústia já antes apagada.
Já pensei em tudo e em mais alguma coisa. Já cheguei até a pensar, aprofundadamente, naquilo que éramos, fomos e em tudo aquilo que nos tornamos.
Penso em ti e em mim e penso em nós, o tempo suficiente para fugir para o meu quarto, trancar a porta e chorar em frente ao espelho enquanto vejo a tua indiferença a ocultar-me da tua vida.
Respiro fundo e experimento a experiencia de viver uma vida nova, momentos novos com alguém nos quais não interfiras. Mas… Acendes sempre o passado que tanto quis esquecer e voltas a deixar-me sem dormir. Fazes-me, forçosamente, distinguir o que é errado do que está certo, e a tentar perceber com o que é que sou realmente feliz.
Porque é que o meu coração ainda bate por ti, ao final deste tempo todo, mesmo sem saber nada de ti? Porque é que vens de ser meu e me pedes para termos um novo recomeço? Porque é que vens acordar a memória que guardava a vida que fechou? Pedes-me um sorriso mesmo quando ainda vivo entre a mágoa e o amor. Porquê? Porque é que vens acordar o passado, já quase apagado e me vens matar de novo quando no fundo eu consegui renascer?
 “Mesmo gostando de ti mais do que nunca talvez, a porta do meu coração fechou-se para ti. Não sei se voltas para mim, só por amor desta vez ou voltas apenas para esqueceres alguém”
Eu sei que nunca mais pensaste em mim e que para ti eu morri. Que não pronunciaste mais vez nenhuma o meu nome e que já não te lembras dos meus gostos, nem do sabor dos meus lábios.
Só quero que saibas que a saudade tomou conta de mim e está a matar-me, aos poucos, por dentro.
São agora 1:00h e vou adormecer a pensar em ti, talvez. Mas vou também sonhar contigo e connosco com o teu sorriso e comas minhas lágrimas. Vou continuar a acordar e a adormecer, sempre do mesmo jeito até que te volte a ter.
Estou aqui e ainda não me esqueci de ti!

1 comentário:

Diogo Passos disse...

Óh, tu escreves mesmo bem *.*